No dia 12/12/1946 nascia, no Buriti do Maranhão, José Claudio Ramos de Sousa. O homem mais influente e importante da minha vida. Nascia o meu pai. Comunicador nato, me ensinou desde criança o amor pela filmagem e fotografia. Épocas remotas, década de 1980, onde tudo era analógico. Tempo de câmeras com filmes Kodac, filmadora VHS, fitas K7, videocassetes. Lembro-me de quando eu era criança fazíamos várias visitas às locadoras de VHS nas sextas à tarde ou no sábado para locar os filmes que assistiríamos em família nos finais de semana. Desde os meus 9 anos de idade, aproximadamente, ele já me ensinava a filmar com a câmera VHS que ele tinha, e também me ensinou a fazer edições, ainda precárias, utilizando dois videocassetes. E com este conhecimento eu pude criar minhas primeiras produções em vídeo nos trabalhos escolares, juntamente com meus amigos e colegas de sala. Em todas as festas de família, aniversários, ele raramente saía nas fotos, pois sempre foi o fotógrafo oficial da família. Estava sempre filmando ou fotografando. Se hoje eu faço filmagens, fotografias e edições para este Alto Astral News, o mérito é todo dele. Meu pai sempre me incentivou desde criança a desenvolver os meus talentos. Sempre acreditou que eu era capaz de tudo. Lá para os meus 12 anos de idade ele me matriculou em um curso de inglês, a meu pedido. Minhas aulas no colégio terminavam às 17:30. Era quando ele vinha me buscar, num chevete cor de abacate, para me levar às aulas de inglês. Trazia um lanche e corríamos para a Wizard, onde as aulas começavam em torno de 18 horas. Se hoje sou fluente neste idioma, o mérito também é dele. O amor pela escrita e as boas notas em português estavam no sangue. Quis o destino que, em 1999, ano da minha formatura do segundo grau, eu escolhesse cursar a faculdade de jornalismo. E isto foi uma decisão minha. Nem meu pai nem a minha mãe sabiam qual curso eu escolheria para prestar o vestibular. Confiaram a mim esta escolha. Tal foi a surpresa do meu pai ao descobrir que eu havia escolhido a mesma profissão dele. Passei em primeira chamada e, em fevereiro de 2000, já era um dos calouros de jornalismo do Unicentro Newton Paiva. Em 2001, por problemas de saúde, tive que trancar a minha matrícula. E, não sei de onde, tive a ideia de começar um novo curso, desta vez de Educação Física. Ele e minhã mãe, Dona Rita, também me deram total apoio e suporte. Fui aprovado novamente em primeira chamada, mas, em 2 semestres de curso, vi que aquela não era a minha praia. Então decidi voltar para concluir o curso de jornalismo, onde me formei no ano de 2011. Foi nesta época em que meu pai se aposentou como jornalista do jornal Hoje em Dia. Quem pensa que ele pretendia ficar quieto em casa, de pijama, curtindo a 'madorna', está redondamente enganado. Ao meu ver, após a aposentadoria meu pai se tornou ainda mais ativo. Com o tempo livre, ele teve a brilhante ideia de fundar este jornal Alto Astral News. E, como não poderia ser diferente, eu estava junto nesta empreitada desde o início. Trabalhar ao lado dele me ensinou bem mais do que os longos anos em que passei na faculdade de jornalismo. Teoria é uma coisa, mas na prática é bem diferente.
Ao lado do jornal Alto Astral News, meu pai também teve a iniciativa de organizar o encontro dos 'Globais de Todos os Tempos', que se realiza uma vez por ano, desde o ano de 2019 (exceto pelo período da pandemia). E ainda temos o encontro do Colégio Estadual Central, turma de 67, onde ele também organiza as confraternizações. Como hobbie, aprendeu a tocar violão, e já compôs algumas canções. No dia a dia, ele gosta muito de acompanhar os noticiários, seja pela internet, rádio ou tv. É sempre prestativo e atencioso com todos ao seu redor. Tem uma facilidade enorme para fazer amizades e sempre teve uma conduta de muita ética e respeito. Falante e muito comunicativo, com um ótimo senso de humor, tem muitas histórias interessantes na bagagem, que gosta de repetir inúmeras vezes, sempre com o mesmo entusiasmo. Que o diga a minha mãe, Dona Rita, que já sabe algumas destas histórias de cor e salteado, de tanto escutar. Sua jovialidade é tao forte que às vezes me esqueço que ele é meu pai. Para mim, por muitas vezes, ele me lembra aquela canção de Roberto Carlos: 'você, meu amigo de fé, meu irmão, Camarada...'
Como marido, ele se mostra um homem sempre presente, romântico, sempre cheio de surpresas em datas como aniversários de casamento, dia das mães, dia da mulher. Outro traço peculiar de meu pai é que ele sempre convida a todos para a festa de aniversáro do seu centenário. Com a saúde de ferro que tem, (pois raramente o vemos doente ou indisposto), acreditamos que ele alcançará tranquilamente este marco. Neste ano fizemos uma matéria da exposição de arte de uma pintora que já ultrapassava seus 100 anos, com muita lucidez e saúde. E é nisso que ele busca a sua maior inspiração para uma vida longeva e produtiva.
Sinceramente agradecido, retribuo a certeza de quê o fruto cai junto da árvore. Ficou feliz em saber que trilhamos o caminho juntos e podemos dizer que somos o espelho um dia outro. Saúde e felicidade pra todos nós.
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