sexta-feira, 25 de abril de 2025
UMA NOITE DE ENCANTAMENTO NO BAR DO FOLK
quinta-feira, 24 de abril de 2025
SÁBADOS FEMINISTAS NA ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS
O machismo conectado - redes sociais e violência de gênero: série “Adolescência” inspira debate do Sábado Feminista, no dia 26 abril.
Evento recebe Karina Junqueira e Ana Carolina Fonseca para discussão sobre as origens do masculinismo enquanto movimento internacional. Entrada gratuita.
Agressões físicas e verbais, discursos de ódio às mulheres, aumento exponencial dos feminicídios: tudo isso se inscreve numa tendência mundial em que as conquistas alcançadas, principalmente por ação do feminismo, têm provocado uma reação violenta de muitos homens, os "masculinistas", abrigados em fóruns de discussão, na chamada "machosfera". Este é o tema do próximo Ciclo de Debates Sábados Feministas, projeto da Academia Mineira de Letras (AML), em parceria com o Movimento Quem Ama Não Mata, em 26 de abril às 10 hora: "O machismo conectado - redes sociais e violência de gênero". O debate começa às 10h e tem entrada gratuita.
A partir da análise da série inglesa "Adolescência", as convidadas Karina Junqueira, professora doutora em Ciência Política, da PUC Minas, e Ana Carolina Fonseca, cientista social e educadora, vão mostrar as origens e o funcionamento desse movimento, que tem ligações com o neonazismo, acrescido de uma forte misoginia, um ódio às mulheres, notadamente às feministas. Para além dos discursos violentos, que pregam a submissão das mulheres e sua obrigação de seguir um determinado comportamento e estética, o movimento masculinista mostrou, inclusive, ter conexões, no Brasil, com muitos atentados a escolas, entre eles o de Realengo, no Rio de Janeiro (2011) e o de Suzano, em São Paulo (2019).
As palestrantes também vão discorrer acerca da atuação do movimento no país e sua ligação, nos últimos anos, com governos de extrema direita, a exemplo de Bolsonaro: de 72 células nazistas em 2015, este número subiu para 1117 em 2022. "A discussão reflexiva mostra a importância de políticas preventivas e de intervenções digitais para mitigar a difusão da violência contra as mulheres nas redes sociais e na chamada ‘vida real’ - ambas intrinsecamente interligadas”, afirma a professora Ana Carolina Fonseca.
O evento acontece no âmbito do “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 248139)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura, e tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e setecentos médicos cooperados e colaboradores.
SOBRE AS CONVIDADAS
Karina Junqueira Barbosa é doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com período sanduíche realizado no King’s College London entre 2008 e 2013. Realizou três pós-doutorados: em Comunicação e Cultura pela Escola de Comunicação da UFRJ (2014), em Filosofia Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (2016) e em Relações Internacionais pela PUC Minas (2019). Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1996), graduação em Direito pela Faculdade Milton Campos (2004), mestrado em Ciência Política pela UFMG (2002) e especialização em Administração e Planejamento de Projetos Sociais pela UNIGRANRIO (2006). É professora adjunta do Departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, onde coordena a especialização em Cidadania e Direitos Humanos no contexto das Políticas Públicas, ofertada pelo IEC/PUC Minas. Coordena o grupo de pesquisa em Gênero e Relações Internacionais da PUC Minas.
INSTITUTO UNIMED-BH
O Instituto Unimed-BH completou 21 anos em 2024 e conta com o apoio de mais de 5,7 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente, através de projetos patrocinados em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.
SERVIÇO
Sábados Feministas: O machismo conectado - redes sociais e violência de gêneroCom Karina Junqueira, professora doutora em Ciência Política, e Ana Carolina Fonseca, cientista social e educadora
Data: 26/04, sábado, às 10h – Portões abertos às 9h30
Local: Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia 1466 - Lourdes)
Entrada gratuita.
quarta-feira, 23 de abril de 2025
segunda-feira, 7 de abril de 2025
ARTESANIA DO PAPEL NOVA EDIÇÃO
Com entrada gratuita, feira de objetos de arte e utilitários em papel, cerâmica e madeira movimenta o Mercado Novo, nos dias 12 e 13 de abril
Evento fará homenagem ao bonequeiro e cenógrafo Agnaldo Pinho, que faleceu em janeiro
Sucesso de público e vendas, a tradicional Feira Artesania do Papel de Minas Gerais promete movimentar o 3º Piso do Mercado Novo, em Belo Horizonte, nos dias 12 e 13 de abril. Participam do evento mais de 60 expositores, entre eles grandes artistas que, além de colocar à mostra objetos de arte e utilitários feitos com papel, cerâmica e madeira, irão ministrar oficinas para os visitantes. Um dos destaques neste ano será a homenagem ao bonequeiro e cenógrafo Agnaldo Pinho, que faleceu em janeiro de 2025. Uma exposição dos últimos trabalhos do artista estará presente.
Com entrada gratuita, o evento chega à 27ª edição e se consolida como uma das principais atrações no calendário de feiras de Belo Horizonte, colaborando para o turismo e o lazer da cidade. “Nossa arte utiliza técnicas tradicionais milenares, usadas desde o início da civilização, produzidas com matérias-primas orgânicas que vêm da natureza. Em tempos de inteligência artificial, nossa arte é uma forma de resistência do fazer à mão. E as mãos criam o que transborda o coração”, diz a encadernadora Lúcia Dias, um dos grandes nomes da papelaria, responsável pela organização e curadoria da feira junto às artistas Heloísa Trindade e Márcia Meyer.
O público poderá comprar objetos de arte e utilitários. No setor de papelaria, estarão expostos trabalhos como gravuras e papéis feitos com fibras naturais; cadernos; agendas; flores; bijuterias; bolsas; cestaria e até brinquedos infantis. Ceramistas e escultores colocarão à mostra objetos de arte e decoração, além de utilitários, peças para decoração, como esculturas, caixas, utensílios para mesa e cozinha e bijuterias. Neste ano, o público vai contar também com atrações musicais.
Lúcia Dias lembra que participar da feira é uma forma de comprar peças originais diretamente de quem faz e também conhecer pessoalmente grandes artistas de Minas Gerais, alguns deles que ajudaram a escrever a história das artes plásticas do Estado. Um exemplo é a ceramista Erli Fantini, responsável pela formação de gerações de artistas no Estado, que irá expor trabalhos na Artesania do Papel como convidada.
Homenagem a Agnaldo Pinho
A namorada do artista Agnaldo Pinho, Claudia Magalhães, e as filhas dele, Mariana e Flora Pinho, irão expor os famosos bonecos e autômatos deixados pelo artista, além de quadros e outros objetos de arte. A ideia de lembrar a memória de Agnaldo Pinho partiu das organizadoras do evento. A edição da Artesania do Papel de novembro do ano passado foi o último local de Minas onde Agnaldo expôs seus bonecos, encantando e alegrando os visitantes.
A homenagem foi recebida com emoção pela namorada, a também artista plástica Claudia Magalhães, e pelas filhas de Agnaldo. “É uma forma de mostrarmos que a arte do meu pai está viva. Cresci com ele criando, desde muito cedo. A casa dele era uma espaço de fazer arte com muita genialidade. Temos que eternizá-la”, diz Flora, que é designer e responsável pela Traquitana, loja criada pelo pai.
As três estão resgatando todos os trabalhos deixados por Agnaldo. Cláudia conta que a homenagem fomentou a vontade de eternizar a arte deixada pelo artista. “Desde que ele faleceu em janeiro, estamos em processo de selecionar e catalogar os trabalhos do Agnaldo. O convite para participar da feira representa muito. Isso nos impulsiona a preservar o legado dele, participando também de outras exposições e feiras, eternizando assim o trabalho e a figura do Agnaldo, que além de um grande artista, era um ser humano maravilhoso, que sempre espalhou alegria e luz”.
Jovens e artistas 60+
Além de ser um local para exposição e venda dos trabalhos artísticos, a Feira Artesania do Papel funciona como um espaço para interação entre expositores, muitos deles com idades acima dos 60 anos. “Nossa feira também tem um outro grande atrativo por ser um local de encontro de amigos, colegas de faculdades e outros artistas que têm na Artesania a possibilidade do bate-papo, da troca de experiências, um local de acolhimento e encantamento” observa Lúcia Dias.
A papeleira lembra que a feira é uma prova da importância da arte. ”Colegas com quase 80 anos continuam ativos, criando, produzindo arte e são verdadeiros exemplos para os jovens que também participam da Artesania do Papel. É muito importante ver nosso fazer artístico sendo preservado e repensado por jovens que se inspiram e criam a partir do que conhecem”, diz.
As organizadoras
Lúcia Dias, formada em artes plásticas pela Escola Guignard UEMG, participa da organização da feira junto às artistas Heloísa Trindade e Márcia Meyer. Formada na Escola de Belas Artes da UFMG, Heloisa Trindade, mais conhecida por Lolô, é multiartista, com uso de papel, madeira e cestaria. Com formação em Desenho, também pela Belas Artes da UFMG, Marcia Meyer é encadernadora, professora e referencia em papéis marmorizados em Minas Gerais.
Sobre Agnaldo Pinho (1970-2025)
Nascido em Citrolândia (Betim), na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Agnaldo Pinho despertou para as artes muito cedo, aos 14 anos de idade. Na década de 1970, cursou artes plásticas na UFMG, período em que foi aluno do artista Álvaro Apocalypse, um dos fundadores do Grupo Giramundo, e teve contato com o universo dos bonecos. Nessa época, ingressou no Grupo, onde trabalhou na oficina, manipulação, cenografia e iluminação dos espetáculos, e logo depois, passou a se dedicar aos seus próprios bonecos de manipulação, saltando posteriormente para a criação de autônomos. Ele também se dedicou à cenografia, criando vários cenários para TV.
Alguns anos depois, fundou a Bonecaria.com, ateliê especializado na construção de bonecos de todos os tipos com as mais diversas técnicas materiais e tamanhos, incluindo o mercado de televisão, teatro e cinema.
Sua arte permanecerá sempre viva, encantando a todos.
Sobre a Artesania do Papel
A Feira Artesania do Papel nasceu em 2003, idealizada pela desenhista, gravadora e papeleira Vera Queiroz , que faleceu em 2022. Na época, Vera havia participado da Feira de Cerâmica de Minas Gerais, que acontece anualmente, mas resolveu criar também um evento só da papelaria. “Vera também era ceramista, mas seu amor maior era o papel”, lembra Lúcia Dias. De 2020 a 2023, a Artesania do Papel foi interrompida em razão do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 e a morte de Vera Queiroz. O evento retornou em 2024, com duas edições. A primeira aconteceu em abril no Mercado Novo, com a participação também de ceramistas, numa homenagem póstuma à Vera Queiroz. Em novembro com o convite e inclusão dos artistas que trabalham a madeira.
Serviço:
Artesania do Papel de Minas Gerais
Entrada: Gratuita
Data: 12 e 13 de abril (sábado e domingo),
Horários: Sábado, das 10 às 19 horas, e domingo, das 10 às 17 horas.
Local: 3º andar do Mercado Novo, na Avenida Olegário Maciel, 714, Centro de Belo Horizonte.
Márcia Queirós