sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Moda & Feminismo: Costuras Decoloniais é tema de palestra do “Sábados Feministas” de novembro



Ministrado pela jornalista e professora mestra Valéria Said, estudiosa das interfaces entre Moda, Arte, Políticas Culturais e Crítica Decolonial, o evento é uma parceria da Academia Mineira de Letras, com o Movimento Quem Ama Não Mata, que traz, a cada mês, discussões relacionadas à pauta feminista.


No dia 23 de novembro, sábado, a Academia Mineira de Letras (AML), em parceria com o movimento feminista Quem Ama Não Mata (QANM), traz mais uma edição do Ciclo de Debates Sábado Feministas, com a proposta de debater sobre Moda e Feminismo. A palestra será ministrada pela jornalista e professora mestra em Estudos Culturais Contemporâneos, Valéria Said. O evento é gratuito e acontece das 10h às 12h, no auditório da AML (Rua da Bahia, 1466 - Lourdes), com abertura de portões 30 minutos antes do início da palestra.


Com entrada gratuita, o evento acontece no âmbito do projeto “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 235925)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura que tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e seiscentos médicos cooperados e colaboradores via Lei Federal de Incentivo à Cultura.


Moda, História e Feminismo

A relação entre uma História da Moda Ocidental e algumas correntes feministas, notadamente a partir de meados do século XIX, é marcada por conflitos, por exemplo, ligando a Moda ao controle social de corpos femininos, endossado por modos de se vestir, que justificavam (e, de alguma maneira, ainda justificam) a constituição de aspectos morais/patriarcais, pelo pressuposto do binarismo de gênero na Moda. Entretanto, sob a perspectiva dos Estudos Decoloniais, podem-se questionar certas normatividades do Sistema da Moda Ocidental, de sorte a possibilitar críticas ao colonialismo de visualidades eurocêntricas e a potencializar diferentes feminilidades, como práxis feministas. 


Segundo a jornalista e professora mestra em Estudos Culturais Contemporâneos, Valéria Said, uma ampla literatura dos Estudos de Moda tem se utilizado de uma definição arquetípica de “moda” como algo historicamente único e próprio do Ocidente, importando conceitos, noções de beleza, comportamentos e modos de se vestir europeizados, não priorizando, com o mesmo status sociocultural, outras estéticas: “Esses cânones, reforçados, em parte, por ‘fashion weeks’ e por uma bibliografia aplicada no ensino acadêmico de Moda, foram construindo uma percepção quase universal de que vestuários não-binários e não-ocidentais não seriam considerados ‘moda’, mas ‘indumentárias/costumes’ ‘exóticos’ ou ‘étnicos’. O mesmo acontece com corpos, peles e etnias, que não ‘se enquadrariam’ ao ‘padrão aristotélico’ de ‘belo’, o que poderia afetar a autoestima de muitas mulheres, por não se sentirem representadas em suas diferentes belezas e feminilidades”, contextualiza. 


Outra questão que a professora pretende levantar é a oportunidade de se utilizar dos Estudos Decoloniais Latino-Americanos para realizar conexões entre moda e feminismo: “Esses Estudos, embora surgidos há décadas, no contexto específico das colonialidades brasileiras, ainda estão se forjando como métodos críticos e são mais desafiadores quando se pretende derivá-los ao campo da Moda. Assim, proponho fazer algumas provocações com o público, pois o tema é complexo, considerando-se que há diversas correntes dentro do próprio pensamento decolonial, de maneira a contribuir para se pensar a potência política da Moda como espaço de resistência e práxis feministas”, adianta. 


Sobre Valéria Said Tótaro 

É jornalista (PUC-MG), articulista e professora. Mestra em Estudos Culturais Contemporâneos (FUMEC/bolsistaFAPEMIG). Estudiosa das interfaces entre Moda, Arte, Jornalismo Cultural, Crítica Setorial, Políticas Públicas Culturais e Estudos Decoloniais. Integrante do Movimento Quem Ama Não Mata (QANM). Membro da Comissão Executiva do Fórum da Moda de Belo Horizonte (FMoBH), instância da Sociedade Civil/Conselho Municipal de Política Cultural. Co-Coordenadora do Curso Lato Sensu “Moda, Arte, Comunicação & Política Cultural” (FUMEC). 


Instituto Unimed-BH

O Instituto Unimed-BH completou 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e socioambientais visando à formação da cidadania, estimulando o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentando a economia criativa, valorizando espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou cerca de R$ 190 milhões por meio das leis de incentivo municipal e federal, fundos do idoso e da criança e do adolescente, com o apoio de mais de 5,6 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. Em 2023, mais de 20 mil postos de trabalho foram gerados e 2 milhões de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030.


Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais. 


SERVIÇO

PALESTRA: “Moda & Feminismo: Costuras Decoloniais”

Convidada: Prof.ª Valéria Said Tótaro

Quando: 23 de novembro

Horários: Abertura dos portões às 9h30, com início da palestra às 10h. 

Onde: Auditório da Academia Mineira de Letras (AML)

Rua da Bahia, 1466, Lourdes

Entrada gratuita, sujeita à lotação de espaço

+Info.: @amletras

Assessoria de Imprensa: QANM – Christina Lima 31 999814897


terça-feira, 12 de novembro de 2024

FEIRA REÚNE ARTE EM PAPEL, CERÂMICA E MADEIRA





Com entrada gratuita, 26ª edição da Artesania do Papel movimenta o Mercado Novo nos dias 23 e 24 de novembro, com a participação também de ceramistas e artistas da madeira 

             A tradicional Feira Artesania do Papel de Minas Gerais promete movimentar o 3º Piso do Mercado Novo, em Belo Horizonte, nos dias  23 e 24 de novembro. A novidade nesta 26ª edição é que, além de objetos de arte e utilitários assinados por grandes nomes da papelaria, o evento contará com exposição de trabalhos feitos em cerâmica e madeira de renomados artistas. Batizada de "Artesania do Papel convida Cerâmica e Madeira", a feira reunirá 74 artistas e artesãos. A ideia é estimular a economia criativa, o fazer artístico, o lazer  e o turismo em Belo Horizonte. A entrada é gratuita.
        Realizada um mês antes do Natal, a Artesania do Papel é uma opção também para a compra de presentes originais diretamente das mãos de artistas e artesãos, sem atravessadores. “É uma possibilidade de encontrar trabalhos de alta qualidade. A chance de adquirir um produto de quem faz, e o faz com muita técnica e paixão, é um grande atrativo. Tem um público ávido por isso”, observa a encadernadora Lúcia Dias, um dos grandes nomes da papelaria, responsável pela organização e curadoria da feira junto às artistas Heloísa Trindade e Márcia Meyer.
Formada na Escola de Belas Artes das UFMG, Heloisa Trindade, mais conhecida por Loló, é multiartista, com  uso de papel, madeira e cestaria.    Com formação em Desenho, também pela Belas Artes da UFMG, Marcia Meyer é  encadernadora, professora e cria papéis marmorizados. As três organizadoras estão otimistas em relação ao público e vendas no evento, tendo em vista o sucesso da última edição da feira, em abril deste ano, que reuniu artistas do papel e da cerâmica no Mercado Novo. “Desta vez, decidimos convidar também os profissionais que trabalham com madeira. Na verdade, as matérias-primas usadas pelos expositores não são distintas. Todas são orgânicas, vêm da natureza. O artesanal, o feito à mão é resistência, resistência da artesania, resistência da cultura, resistência da arte artesanal do fazer”, diz Lúcia Dias.
            Quem visitar a feira poderá comprar, por exemplo, utilitários e objetos feitos com técnicas milenares. No setor de papelaria, vão estar expostos trabalhos como gravuras e papeis feitos com fibras naturais; cadernos; agendas; flores; bijuterias; bolsas; cestaria e até brinquedos infantis. Ceramistas e escultores colocarão à mostra objetos de arte e decoração, além de utilitários, como peças para mesa e cozinha. 

Artistas de renome
        Entre os expositores da papelaria que participam da 26ª Artesania do Papel, junto às organizadoras, estão grandes artistas como Bernadete Fiorine, mestra da cultura popular, que atua no resgate, criação e releitura da arte em papel. Presente também estarão Selma Weissmann e a filha Leonora Weissmann, ambas pintoras. 
Na cerâmica, destaque para Erli Fantini, considerada a mãe da arte em cerâmica em Belo Horizonte. “Grande parte dos artistas da cerâmica se formou com a Erli”, destaca Lúcia Dias.   O artista Sebastião Pimenta, com 30 anos de experiência nos estudos das artes do fogo, é outro convidado da feira. Designer pela Escola de Design da Uemg e artista plástico pela Universidade de Educação de Sendai (Japão), ele mantém ateliê em Governador Valadares (MG). Pimenta possui trabalhos premiados no Japão e China, com peças expostas no Museu de História e Arte de Sendai ( Japão) e participação em eventos de renome na China. Apreciado em vários países, possui peças em galerias de arte na Inglaterra e Estados Unidos .
 Grupos como o Ceramistas do Elvas, de Tiradentes (MG), formado por mulheres artesãs, também irão expor suas peças, assim como o Doninhas de Lavras Novas, distrito de Ouro Preto (MG). Esse último grupo é formado por homens que criam cestas e mulheres que bordam. De Belo Horizonte, participa a Bambuzeria Kilombo Souza, do bairro Santa Tereza.
A arte em madeira terá entre os representantes o artista Agnaldo Pinho, conhecido pela criação de bonecos, que participou do famoso Grupo Giramundo. Outra novidade é a participação do artista Raphael Souza, do ateliê Juvenal AD, que desenvolve peças de design com foco no resgate nos processo produtivos menos tecnológicos, por meio da interação entre diversos materiais e o fazer com as mãos.
Estímulo às artes
           Encadernadora, curadora e organizadora desta edição da Artesania do Papel, Lúcia Dias destaca o protagonismo das feiras como espaço para interação entre os profissionais e estímulo às artes. “A troca, o encontro, a reunião desse grande número de apaixonados pelo que se faz já é um grande atrativo por si só, mas também para estudantes, professores e apreciadores que têm a possibilidade de conhecer, de conversar com quem faz e até aprender”, diz.
      A trajetória profissional de Lúcia Dias é um exemplo de como a feira pode despertar e estimular os profissionais. “Eu me mudei para Belo Horizonte em 1999, vinda do interior de São Paulo. Sempre gostei de inventar coisas com papel e em BH comecei a descobrir esse mundo da encadernação. Em 2006, fui à Feira da Artesania no Mercado Distrital do Cruzeiro e me encantei. Já dava meus primeiros passos na encadernação e ali pude ver e conhecer muitas pessoas e muitos trabalhos maravilhosos. Em 2009,  fiz minha primeira participação na feira como expositora. Hoje sou uma das organizadoras e curadoras da 26ª edição”, conta.
          Sobre a Artesania do Papel
A  feira artesania do Papel nasceu em 2003, idealizada pela desenhista, gravadora e papeleira Vera Queiroz , que faleceu em 2022. Na época, Vera havia participado da Feira de Cerâmica de Minas Gerais, que acontece anualmente, mas resolveu criar também um evento só da papelaria.  “Vera também era ceramista, mas seu amor maior era o papel”, lembra Lúcia Dias. De 2020 a 2023, a Artesania do Papel foi interrompida em razão do isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 e a morte de Vera Queiroz. O evento retornou neste ano, com duas edições. A primeira aconteceu em abril no Mercado Novo,  com a participação também de ceramistas, numa homenagem  póstuma à Vera Queiroz. Agora em novembro com o convite e inclusão dos artistas que trabalham a madeira.

Serviço:
Artesania do Papel de Minas Gerais 
Entrada: Gratuita
Data:  23 e 24 de novembro (sábado e domingo)
Horários: Sábado, das 10 às 19 horas, e domingo, das 10 às 17 horas.
Local: 3º andar do Mercado Novo, na Avenida Olegário Maciel, 714, Centro de Belo Horizonte.

Texto: Márcia Queirós



quinta-feira, 19 de setembro de 2024

“Sábados Feministas” traz debate-sarau sobre poesia e feminismo

 O evento, que integra o Ciclo de Debates Sábados Feministas – parceria da Academia Mineira de Letras com o Movimento Quem Ama Não Mata -, propõe no dia 21.09, sábado, reflexão sobre a intersecção entre o feminismo, a poesia e o surgimento do QANM.

No dia 21.09, sábado, a Academia Mineira de Letras, em parceria com o movimento feminista mineiro Quem Ama Não Mata (QANM), realiza mais um “Sábados Feministas”, dessa vez, sob o tema “Poesia & Feminismo: Um debate-sarau sobre a poética das mulheres. Participam as poetisas convidadas Beth Fleury, Lúcia Afonso, Sonia Queiroz & Thais Guimarães. O evento começa às 10h, com abertura de portões 30 minutos antes.

Com entrada franca e acessibilidade em Libras, o debate acontece no âmbito do projeto “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 235925)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura, e tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e seiscentos médicos cooperados e colaboradores.

SERVIÇO:

Palestra: “Poesia & Feminismo: Um debate-sarau sobre a poética das mulheres”

Poetisas Convidadas: Beth Fleury, Lúcia Afonso, Sonia Queiroz & Thais Guimarães

Quando: 21 de setembro/2024

Horários: 9h30 abertura dos portões - 10h início da palestra -

Onde: Auditório da Academia Mineira de Letras. Rua da Bahia, 1466.

Entrada gratuita sujeita à lotação de espaço

Mais informações: @amletras

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

EXPOSIÇÃO UNIVERSO DE CORES - MARIA HELENA ANDRÉS



Esta matéria torna explícito o objetivo maior do nosso site, destacar, documentar, evidenciar, o universo alto astral, das realizações culturais de nossa BH. Esta semana, tivemos o prazer de registrar a inauguração da exposição Universo de Cores, da artista MARIA HELENA ANDRÉS, sim, com letras maiúsculas, evidenciando a dedicação da autora, ao longo dos anos criativos. Como podemos ver registrado nas imagens, foi um sucesso a inauguração, no Hall do Edifício-Sede do TJMG, na Av. Afonso Pena, 4.001 – Serra, Belo Horizonte, MG. A exposição foi inaugurada na noite do dia 21 de agosto, se estendendo até 20 de setembro de 2024. Ao vivo é mais emocionante. Vamos lá?

terça-feira, 6 de agosto de 2024

“VIOLÊNCIA E MASCULINIDADES: DESAFIOS DA CULTURA” É TEMA DA PALESTRA DO PRÓXIMO SÁBADOS FEMINISTAS

 Parceria entre a Academia Mineira de Letras e o Movimento Quem Ama Não Mata promove, até novembro deste ano, encontros mensais com discussões sobre a pauta feminista.





No próximo “Sábados Feministas”, no dia 10 de agosto, sábado, das 10h às 11h30, a Academia Mineira de Letras é palco para debate em torno do tema “Violência e masculinidades: desafios da cultura”. Participam a socióloga Elizabeth Maria Fleury-Teixeira, o psicanalista Felipe Lattanzio e o juiz Marcelo Gonçalves de Paula. O evento resulta de parceria da Academia Mineira de Letras com o movimento feminista QANM – Quem Ama Não Mata. Os portões abrem 30 minutos antes do início do evento que acontece no auditório da AML (Rua Da Bahia, 1466 - Lourdes).


Com entrada gratuita e interpretação em Libras, a palestra ocorre no âmbito do projeto “Plano Anual Academia Mineira de Letras – AML (PRONAC 235925)”, previsto na Lei Federal de Incentivo à Cultura e tem o patrocínio do Instituto Unimed-BH – por meio do incentivo fiscal de mais de cinco mil e seiscentos médicos cooperados e colaboradores.


terça-feira, 23 de julho de 2024

ANIVERSÁRIO DE 13 ANOS DO ALTO ASTRAL NEWS

 


No dia 20 de Julho de 2024, quando é comemorando também o dia do amigo, este jornal Alto Astral News completou 13 anos de existência. Na imagem acima, vemos a ilustração da capa de sua primeira edição, ainda realizada de maneira impressa, com a data de Julho/Agosto de 2011. 

De lá para cá, nestes 13 anos de caminhada, foram inúmeras coberturas dos mais variados eventos. Lançamentos de livros, exposições, teatros, shows de Roberto Carlos, Alceu Valença, dança flamenca.  Solenidades, festas juninas, carnavais. Sem mencionar as três edições do evento 'Globais de todos os tempos', com sua primeira edição no ano de 2019. 

Enfim, uma série de eventos onde fomos testemunhas e pudemos documentar momentos de festa, confraternização e muita cultura. E nosso sucesso não seria possível sem a participação de vocês, leitores 'alto astral', que sempre nos prestigiaram com carinho e assiduidade. 

Devido a problemas técnicos, algumas de nossas matérias neste blog estão fora do ar no momento, mas em breve iremos regularizar a situação e trazer de volta os conteúdos.

O Alto Astral News veio para ficar. foram 13 anos de trajetória até aqui, e temos ainda muita estrada pela frente. Sempre atentos em busca de trazer para nossos leitores o que acontece de relevante no meio cultural de Belo Horizonte e do mundo. 

Vida longa ao Alto Astral News, um jornal de boas notícias!

João Claudio ('Jones') - Repórter e editor Alto Astral News