sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

JORNALISTA MOISÉS MOTA DA SILVA TOMA POSSE NO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE MINAS GERAIS CASA DE JOÃO PINHEIRO

 

“A casa de história mais antiga de Minas Gerais abre suas portas para receber a mim e meus convidados. Se existe reconhecimento maior, ainda não conheço”
Jornalista Moisés Mota da Silva


Crédito Mirna de Moura
O jornalista Moisés Mota da Silva ao tomar posse como novo confrade do IHG



Magali Simone

    Ele está se graduando em Direito, pela Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete, graduado em Jornalismo pela UFOP e especializou-se em Educação à Distância pela UFPR,
é servidor público e já atuou na Cátedra UNESCO-AMDE (Água, Mulheres e Desenvolvimento). Dono de um vocabulário rebuscado, repleto de sofisticadas reflexões, Mota não esconde seu apreço pela História e Literatura. Esse longo currículo, parece grande para os 34 anos do jornalista Moisés Mota da Silva, que. no último dia 11 de fevereiro .foi empossado como novo confrade do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, Casa de João Pinheiro, a primeira instituição com esse propósito de Minas Gerais.

    O auditório da instituição, fundada em 1907, faz jus aos 115 anos da entidade voltada à preservação histórica. Repletas dos retratos dos presidentes, (ainda não há nenhuma mulher entre estes); às paredes da IHG contam histórias de gente talhada em paixões, em vigor e em
determinação não só dos integrantes da diretoria, mas de todos os associados, grupo constituído por confrades e confreiras que abraçaram à vocação, renovada constantemente, de constituírem-se como uma espécie de vanguarda cultural cuja atuação como guardiões da cultura visa proteger, cuidar e faz florescer, sempre, às memórias que auxiliaram e ainda ajudam a construir a essência do que os povos mineiros são.


    Responsável pela indicação de Mota, o Cel. Paulo Duarte Pereira, destacou que todas as pesquisas realizadas pelo jornalista, nas áreas de atuação por ele abraçadas, tiveram como objeto de estudo o regate de fatos históricos. Um desses estudos, no qual atuou como
colaborador, Mota teve como objeto de pesquisa à recuperação da história de jornais que contaram os fatos ocorridos, no século XIX, em duas das mais importantes cidades da época: Mariana e Ouro Preto. Pereira ainda fez questão de relembrar a amizade celebrada com Mota, iniciada, no Lions Clube. Ele ressaltou o empenho do jovem em se dedicar à manutenção das reuniões e encontros da instituição durante a pandemia. Além dessa situação, o coronel disse
ter ficado impressionado com a qualidade dos artigos escritos por Mota.

    “O Instituto se renova, alicerçando-se e aprimorando-se ao receber de braços abertos à presença desse jovem, que se alia aos associados dessa augusta casa. A união a esse jornalista, que no louvor de sua pequena idade, traz grande sapiência e haverá de se projetar nesta casa de estudos para a preservação da memória histórica de Minas Gerais”, afirmou Pereira.

    E ressaltou à importância de Mota ter escolhido ocupar a cadeira de nº 82, cujo patrono é o senador Levindo Coelho, ocupada anteriormente pelo escritor e procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, Luiz Carlos Abritta, falecido quando presidia essa entidade em 17 de novembro de 2021.

    Em meio a um ritual perpassado por muitos momentos emotivos, o jornalista prestou juramento, teve o botton símbolo do IHG fixado na lapela do blazer do terno que vestia na ocasião. A professora Regina Almeida, confreira do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, casa de João Pinheiro, foi a responsável por um momento especialmente afetuoso da cerimônia. Ela entregou uma orquídea para os pais do novo associado: o pernambucano Mariano Mota da Silva e a mãe do jornalista, Araci Mota da Silva. A namorada Feliciana Rosa da Cunha também foi agraciada com outro mimo semelhante.

Lirismo

    O discurso de Moisés Mota da Silva foi perpassado por tal nível de arrebatamento que fez transparecer toda a admiração por ele causada aos demais confrades e confreiras. Dedicando-se à lapidar, por distintos pontos de vista, conceitos do tempo, ele lembrou Santo
Agostinho ao refletir sobre este tema teria feito a seguinte asserção: ”Se ninguém me pergunta, eu sei; mas se alguém me pergunta e quero explicar, já não sei mais”, afirmou.

    E dando continuidade a essa linha de pensamento, recorreu à sabedoria de Aristóteles, para quem o tempo não existiria na ausência de movimento e assim teria definido o passar das
horas. “Quando não somos impactados por mudança nenhuma, o tempo não existe. Ele é vinculado às mudanças que percebemos no mundo. Uma vez impedido o flagrante das transformações, por um leve sono à tarde, perdemos o que ocorre no mundo. Daí o tempo deixa de ser nosso”, relembrou.

    Mota concluiu tal reflexão, refletindo sobre a realidade do instituto, instituição formada por homens e mulheres octogenários, que atuam com bastante força e vigor na preservação da cultura. 
“ Sinto-me grato por estar entre vocês que reúnem os flagrantes do
tempo que, com o correr das horas, são e serão objetos valiosos para os diversos campos do conhecimento. Somos afortunados por contar com este importante órgão consultivo do governo do Estado”, concluiu.

    O presidente do Instituto Histórico e Geográfico, José Carlos Serufo, ressaltou a importância de que a energia dos mineiros seja exaltada. “ Morte e vida estão ligadas a mesma ilusão, além do bem e do mal, é no entremeio que se sistematiza à vida”, disse. Direcionando-se a Mota, ele ressaltou: “A antiga energia dos mineiros deve continuar sendo permanentemente acordada. Também lhe oferece e lhe cobra às oportunidades de enriquecer essa lavra solar, voltada à manutenção da história, da geografia e da cultura de Minas Gerais”, afirmou.

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